sexta-feira, 5 de julho de 2013

Centro de Valorização da Vida


Boa noite! Hoje debateremos o comportamento suicida e seus efeitos na sociedade. Este tópico se tornou um problema de saúde pública, mas, pelo seu crescimento alarmante, outras instituições e ONG's tomaram a iniciativa de construir centros de apoio, afim de diminuir a estatística de tentativas de suicídio e de suicídios consumados.

Vamos analisar um tipo de programa de prevenção que existe no Brasil chamado Centro de Valorização da Vida (CVV). O CVV é uma ONG e foi fundada em 1962. Consiste no atendimento de pessoas em crise, por voluntários, através de hotlines. Com a missão de valorizar a vida, ajudando as pessoas a terem uma vida plena e distante do comportamento suicida, o CVV trabalha em cima de 5 valores. São eles: 1) Confiança na tendência construtiva da natureza humana; 2) Trabalho voluntário motivado pelo espírito samaritano, de acordo com a Proposta de Vida; 3) Direção centrada no grupo; 4) Aperfeiçoamento contínuo e 4) Comprometimento e disciplina. (http://www.cvv.org.br/site/conheca.html).

A proposta da ONG é muito interessante, mas não pude deixar de questionar o fato dos atendentes serem todos voluntários. Se o comportamento suicida é um problema de saúde pública, por que estas instituições não são financiadas pelo próprio estado? Lendo um artigo das professoras da PUCRS Blanca Suzana e Carolina Neumann, pude responder esta questão.

Sabe-se que 50% a 60% das pessoas que se suicidam nunca consultaram um profissional de saúde mental (BOTEGA; WERLANG, 2004). Dessa forma, conseguimos concluir que o trabalho de prevenção deve transcender o dos psicólogos e psiquiatras afim de atingir uma maior parcela de pessoas. O trabalho voluntário não surge com o intuito de ocupar as vagas de algum outro profissional, mas sim com a missão de ser um incremento para sociedade, indo aonde os profissionais, seja de qual área for, não conseguem atingir.

A maior motivação do trabalho voluntário é a solidariedade, a vontade de ajudar. Dessa forma, as ONG's conseguem alguma forma de garantia de que quem trabalhará lá, trabalhará por altruísmo, vontade própria ou algo do tipo. Isso respondeu minha questão.

Eu não foquei muito na questão das hotlines, mas gostaria de propor um debate sobre isto. O que vocês acham? O atendimento pelo telefone ou on-line é mais eficiente do que face-a-face? A impessoalidade ajuda ou atrapalha? Não deixem de comentar!

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